dezembro 17, 2014
dezembro 07, 2014
dezembro 04, 2014
novembro 26, 2014
bastante
"se em um instante se nasce e um instante se morre, um instante é o bastante pra vida inteira"
(Cecília Meireles)
(Cecília Meireles)
novembro 13, 2014
novembro 06, 2014
novembro 01, 2014
vazio
fluia a conversa. normal. pôr em dia coisas de meses como se fossem de ontem... tuas, minhas. até que falaste do vazio. daquele que se instala no fim dos dias. "não deixes que (te) aconteça". sorri, e apesar de ter ficado com os olhos rasos de água disse-te que não, que não o sentia. se há algo em que o prazer é bom é a cobrir vazios... li algures uns dias depois. "e porque raio se foi lembrar de vazios se era precisamente de prazeres que estávamos a falar". lembei-me da nossa conversa e não, não te menti. na verdade não o sinto como vazio. hoje não. é por opção. antes assim do que aqueles dias de uma vida que não era minha, fingida e que todos achavam preenchida. e era. de mentira. aparentemente vivia os dias e as noites acompanhada. acompanhada pela ausência de quem estava sem querer estar. e eu, sózinha. num imenso vazio.
outubro 24, 2014
outubro 17, 2014
outubro 11, 2014
outubro 08, 2014
outubro 05, 2014
dias diferentes. talvez.
aprendi a viver os dias assim como vivo os outros. com a mesma intensidade, vontade e sem o(s) esconder.
é o outro lado de mim, que também existe. e sorri, de forma diferente talvez.
são estes dias assim, em tons pardacentos de azul, em que preciso de silêncio e não sei responder a perguntas, que me fazem depois seguir. re-arrumada comigo mesma.
outubro 02, 2014
setembro 16, 2014
[desaprendi a desprezar o instante]
" - porque tenho já tão poucos instantes para desprezar. as imagns vêm e ficam, restam por aqui, como se soubesse que cada uma delas pode ser a final, a que levo sabe-se lá para onde mas para onde não é, certamente aqui."
(Pedro Chagas Freitas in "prometo falhar")
setembro 13, 2014
setembro 07, 2014
[vai e volta]
"Não tentes esperar por mim porque de mim nada vem. Acredita só na noite, nesta grande e negra noite que de tal modo castiga, que de tal modo transtorna; acredita só na lua que essa sim, desde poemas a uivos tudo vai aguentando, sempre ao alto, esbranquiçada, muito pálida, como deve ser um rosto acautelado. Já de mim não esperes nada, mesmo nada. Só paixões arreliadas, perdidas e desgastadas. Olha bem para essa noite tão preta e tão requintada, nem mentira nem v...erdade! Uma noite que te espreita na cidade que já dorme. Não olhes mais para mim! Não me olhes nem de esguelha. Nada tenho para te dar. Nem passado nem presente nem futuro, nada, nada. Sou só eu por detrás de uma janela, por detrás de uma fachada, um sombreado qualquer sob a luz dum candeeiro. Nunca acredites em mim, é uma coisa que te peço. Quando um dia descobrires que faço parte da noite, que vivo depois da lua, que sou eu que a ilumino e só nela e nela penso; se conseguires alcançar-me dando um verdadeiro salto, se essa altura chegar, se tal momento surgir, então sim, derrubadas as ameias e perdidas as conquistas, poderás olhar para mim, perguntar-me qualquer coisa e esperar pela resposta. E depois, isso é contigo: ou me acolhes ou desprezas. Tu saberás decidir."
(Cristina Carvalho)
agosto 31, 2014
agosto 26, 2014
[erro de concordância]
"É nós
um erro de concordância com sotaque (...)
pode amar-se com sotaque?,
um singular a juntar-se a um plural, uma construção impossível e ainda assim perfeita, as mãos dela na minha cara, depois os olhos grandes, o interior das veias, e eu derroto-me todinho,
que porcarias vale a gramática quando se erra em tão bom assim?,
é nós,
não acredita em más pessoas, não acredita em perdoar, acredita em ir até ao final das tentativas,
existe a felicidade ou a morte, diz-me vezes sem conta,
ontem apareceu-me aqui vestida de sereia, vejam lá, mal podia andar e ria-se tanto, é tão louca e eu só com ela me mantenho são, não sei o que escrever para a poder mostrar como deve ser, um dia destes invento o teatro dos malucos, ou a peça dos verdadeiros, ou um romance de gente doida, qualquer coisa que lhe preste homenagem, sei lá, enquanto isso vou-me dedicando a amá-la e temo bem que não passe desta fase,
as pessoas são estranhas, sabes,
pergunta-me, já está a cobrir-me de beijos, já me despiu as calças e já procura o começo do orgasmo, mas nem isso a impede de me explicar a racionalidade das suas opções, até a filosofia serve para dar prazer, pelo menos a minha,
só admito valorizar quem eu amo, percebes,
eu digo que sim, ela ri-se alto, toca-me com a língua ao de leve na pele, encontra mais um pedacinho virgem e eu arrepio-me, há uma imensidão de arrepios e uma vida só, para os anos que vivemos temos corpo a mais para explorar, rais parta,
só admito respeitar quem eu amo, percebes,
viver é simples afinal, passei os meus dias a procurar sustentações complexas e a vida é tão simples afinal, as pessoas complicam e são estranhas, é isto que penso durante um ou dois segundos, não mais, existe uma espécie de corrente eléctrica a alimentar-me o cérebro, juro que não sei onde é que ela tocou agora as estou vivo, pensar é uma seca tão grande quando se pode fazer,
as pessoas amam sem olhar a si, percebes,
faz sentido, quando a boca dela se agarra à minha mão não encontro nada que não faça sentido, na verdade, mas faz sentido, dizia eu, assim consiga terminar o raciocínio, vou tentar, faz sentido porque as pessoas são estranhas e quando amam não se amam, adorava escrever toda uma tese sobre a necessidade de não estar absolutamente nas mãos de alguém mas ela está em cima de mim e não tenho tempo,
é nós,
e apesar de tudo quem manda em mim sou eu, quem pensa ela que é?, quem manda em mim sou eu, que isso fique bem claro, sei que sou eu e que vou fazer sempre o que eu quero e só o que eu quero,
basta que ela queira também"
(Pedo Chagas Freitas in "prometo falhar")
agosto 15, 2014
agosto 12, 2014
julho 27, 2014
julho 17, 2014
julho 11, 2014
e (já) é julho outra vez.
"tu: se eu te lançar um desafio, tu aceitas?
eu: e sou lá mulher de voltar costas a um bom desafio. diz...
tu: vamos fotografar a lua e depois publicamos?
eu: bora!
(...)
eu: a minha já está.
tu: e a minha também..."
tu falavas do sorriso que a lua ilumina e esconde (acho eu. já não me lembro bem... e pior que é isso é não me deixares lembrar). e eu falei de como a alma se inquieta em noites como aquela e como a de hoje, de lua cheia.
julho 10, 2014
julho 06, 2014
[um dia talvez. hoje não]
"(...)
Um dia, talvez, queira ser perfeito, mas hoje prefiro ser falível.
Um dia, talvez, queira ser normal, mas hoje prefiro ser estranho. Experimentar o medo como quem experimenta um par de sapatos, caminhar por estradas que ninguém quis alcatroar, e saber que se me olham com espanto é apenas, tão simples, porque sou espantoso.
Um dia, talvez, queira ser juiz, mas hoje prefiro ser julgado. Fazer coisas que alguém pode criticar, coisas que alguém pode até nunca apreciar, ou simplesmente coisas que não servem para nada e que faço apenas porque sim.
Um dia, talvez, queira ser imortal, mas hoje prefiro ser finito. (...)"
(Pedro Chagas Freitas in "prometo falhar")
Um dia, talvez, queira ser imortal, mas hoje prefiro ser finito. (...)"
(Pedro Chagas Freitas in "prometo falhar")
["Escrava", escultura em bronze de Maximiano Alves,
expólio da exposição permanente do MNAC]
julho 01, 2014
(muito) leve
"Leve, leve, muito leve,
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
E eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo."
(Alberto Caeiro, "O Guardador de Rebanhos")
junho 28, 2014
junho 22, 2014
junho 17, 2014
junho 06, 2014
junho 01, 2014
meia metade
"nunca quis. nem muito, nem parte. nunca fui eu, nem dona, nem senhora. sempre fiquei pelo meio e a metade. nunca passei de meios caminhos, meios desejos, meia saudade. daí o meu nome: Maria Metade"
(Mia Couto in "fio das missangas)
maio 21, 2014
maio 20, 2014
maio 17, 2014
maio 11, 2014
abril 25, 2014
abril 17, 2014
... só quero
"(...) Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las. (...)"
(Gabriel Garcia Márquez)
r.i.p
abril 16, 2014
abril 13, 2014
abril 06, 2014
março 27, 2014
março 23, 2014
março 20, 2014
março 17, 2014
hoje que é noite de lua cheia
... aprender a ser vulnerável, permeável, ao que sentimos verdadeiramente. ao que vem de dentro para fora. sem máscaras, nem filtros. ser e dizer o que somos e sentimos. sem constrangimentos. aprender que sermos próprios é isso. hoje que foi dia de decisões. hoje que é noite de lua cheia.
março 16, 2014
fevereiro 26, 2014
fevereiro 17, 2014
janeiro 26, 2014
janeiro 22, 2014
"o passado é aquilo que conseguimos fazer do futuro"
[hoje, passam cinco anos desde que iniciei este blog.
o passado parece-me já uma outra vida.
o futuro continuo a construí-lo, no presente.
todos os dias!]
janeiro 15, 2014
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