setembro 30, 2013

setembro 23, 2013

[Não Posso Adiar o Amor]



  
"Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração."


(António Ramos Rosa) 



setembro 16, 2013

realidade dissipada
















"A luz é em Lisboa a pele de camaleão que constrói e desconstrói, transfigurando a cidade. Há uma luz de Outono inebriante e final, antecipando o ocaso; uma luz de Inverno definindo com precisão milimétrica o jogo de sombras; uma luz de Primavera, impura, rodopiando num ar saturado de esperança e promessa. Há por fim uma luz de Verão incerta, irreal, esfumando a realidade dissipada, aumentando o impulso de libertação e de viagem"