novembro 26, 2014

bastante

 
 
"se em um instante se nasce e um instante se morre, um instante é o bastante pra vida inteira"
(Cecília Meireles)
 
 
 
 

novembro 01, 2014

vazio



fluia a conversa. normal. pôr em dia coisas de meses como se fossem de ontem... tuas, minhas. até que falaste do vazio. daquele que se instala no fim dos dias. "não deixes que (te) aconteça". sorri, e apesar de ter ficado com os olhos rasos de água disse-te que não, que não o sentia. se há algo em que o prazer é bom é a cobrir vazios... li algures uns dias depois. "e porque raio se foi lembrar de vazios se era precisamente de prazeres que estávamos a falar". lembei-me da nossa conversa e não, não te menti. na verdade não o sinto como vazio. hoje não. é por opção. antes assim do que aqueles dias de uma vida que não era minha, fingida e que todos achavam preenchida. e era. de mentira. aparentemente vivia os dias e as noites acompanhada. acompanhada pela ausência de quem estava sem querer estar. e eu, sózinha. num imenso vazio.