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Ontem conheci-a de perto. Senti-lhe o cheiro forte, tomei-lhe o corpo lânguido nos meus braços, li-lhe a serenidade nos olhos, senti o toque das suas mãos quentes.
Ontem, surpreendi-me apenas por não a esperar.
Ontem, senti o quão somos impotentes e insignificantes perante o seu querer.
Ontem, sorri-lhe e quase cedi a entregar-lhe o que me pedia, resignadamente…
Ontem, a morte “bateu-me“ à porta. E eu, que antes nunca soubera o seu nome, tranquilamente, sem lutar, pedi-lhe apenas que voltasse depois. Depois…
Sei que não a venci. Sei que voltará. Sei que um dia virá cobrar.
Mas quando esse dia chegar, mais forte, conseguirei confiar-lhe “essa grande parte de mim”, certa de que algures os nossos caminhos voltarão a cruzar-se numa eterna viagem.
Amei o texto... está assustadoramente belo. Muitos parabéns!
ResponderEliminarE é azul, reparaste na cor? De trovoada suplicante, como quem hesita entre o perdão e o castigo. É azul e não a temo. nem a desejo
ResponderEliminarvirá um dia, quando menos esperarmos. e então...
...enquanto isso deliciemo-nos com as tuas fotos e embalemo-nos nas tuas palavras...