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Perdeu-se no tempo da existência,
esqueceu-o o relógio dos dias.
Abandonado pela cartografia dos afectos,
adormece em sonos sem noite.
Dissonantes, os acordes de seus passos
espalham-no em rumos sem destino.
Indolente à passagem das estações
mareia sobre ondas de desprezo
e permanece ileso às marés dos anos.
Não se banha no pólen da Primavera,
mas vive sem a ansiedade da espera
pois não conta o tempo que lhe resta de vida.
(PAS[Ç]SOS)
[imagem seduzida pelas palavras, da exposição "Palavras com Objectiva"]
Que bom recordar...
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